Na fase inicial, diga-se, nos seus primeiros anos, a editora universitária, com significativo proveito, poderá terceirizar serviços. É certo que editoras de maior porte contam com equipe numerosa onde se encontram profissionais de diferentes áreas e suprem as necessidades da pré-impressão. Editoras universitárias menores podem se utilizar de profissionais de diferentes segmentos que podem prestar serviços no campo editorial de forma autônoma, ou como freelance. Os principais são a seguir mencionados.
O Revisor de texto é um técnico. A revisão é um trabalho específico e que somente será executado com qualidade por técnico na área. Assim, um professor de língua portuguesa saberá revisar sintática e ortograficamente um texto de um estudante; mas provavelmente não será um bom revisor editorial, porque essa atividade vai além da correção de erros de português no texto. É recomendável que a editora trabalhe sempre com o(s) mesmo(s) revisor(es), que saberão manter os padrões textuais adotados pela editora.
Capista é profissional das artes gráficas, no caso um designer, que pode fornecer serviços à editora de forma autônoma. É recomendável, nos primeiros anos, trabalhar sempre com um mesmo profissional, pois assim se imprimirá uma identidade visual aos livros da editora.
Tradutor é outro técnico que também atua como freelance. (Está claro que este é um profissional acionado pela editora quando esta contratou a tradução de um livro adquirindo os direitos de publicação no Brasil de uma editora estrangeira.) O trabalho de tradução de um livro deve ser feito por tradutor profissional, porque se trata de uma delicada atividade técnica: o tradutor tem de dominar plenamente tanto o idioma fonte quanto o destinatário. E se aparecer na editora um professor da IES, doutor, que sugere a publicação de uma obra editada originalmente em inglês, dispondo-se ele mesmo a efetuar a tradução, visto que viveu e se doutorou no Reino Unido e domina o inglês? Deve o editor aceitar a oferta de tradução pelo professor? É recomendável que não, por diferentes motivos; o principal deles é que uma coisa é dominar o idioma fonte para comunicação oral, leitura, estudo e escrita; outra, ter competência para expressar o que está escrito no idioma fonte, inequívoca e elegantemente, na linguagem do destinatário. O editor sempre deve contratar tradutor profissional.
Além desses profissionais especificados, outros terceirizados são muitas vezes necessários na produção de pré-impressão, como ilustradores e fotógrafos.